Educação é o ato de educar, o que não nos diz muito, mas
sabemos que é muito antigo. Sempre fomos
educados por alguém e no sentido amplo, esta tarefa era responsabilidade dos
pais, família, aldeia, tribo ou tutores. Ou seja, a educação começa em casa.


Mas foi com a revolução burguesa (francesa) que a escola
para todos, de caráter público, (re)começou. E surgiram os professores
profissionais, para ensinar os conteúdos que formavam a base do seu currículo.
No começo ainda era simples o currículo e não passava de 7 matérias. Hoje
chegamos a 10 ou 13, porém totalmente vazias de conteúdo se considerar um
século atrás. O que meu avô e avó aprenderam em termos de língua, matemática,
geografia e história não se cobre nem no ensino médio. A caligrafia deles era
uma obra de arte.

O sentido da palavra educar vem do latim ex-ducere – fazer desabrochar. Podemos
comparar a ação de educar com a ação de cultivar. O indivíduo é uma semente e
como tal, traz dentro de si todo potencial da árvore adulta, ou seja, do ser
adulto consciente de si e do mundo. Entretanto, em raríssimos momentos educadores cumpriram esse papel de cultivar o
ser para que ele desabroche num ser adulto saudável. Trata-se de um processo
trabalhoso e cuidadoso, pois não se pode colocar água, sol, vento e adubo em
quantidades iguais nas plantas, pois uma difere da outra.
Ainda que possamos afirmar que o mundo hoje é o que é e tem
o que tem devido a homens que foram criados nos mais diversos modelos, é fato,
que em algum momento eles despertaram.
O Brasil já passou por diversas fases de educação e
atualmente, temos mais teorias que práticas. A escola pública não é uma
referência, infelizmente. O esvaziamento dos conteúdos escolares, da função do
professor, a abolição da reprovação e de uma recuperação de conteúdos decente,
o excesso de supervisores, pedagogos, gestores opinando sobre o ato docente, a
burocracia hipócrita das estatísticas transformaram a educação num caos, e
salve-se quem puder.
As consequências de todo esse processo já estamos sentindo na sociedade, no
comportamento dos adolescentes, nos adultos mal formados com relação ao saber local
e do mundo. Podemos ser uma potência,
temos riqueza e tamanho, mas nossa população sofre de inanição no que tange a
todo o processo educacional – formal e informal.
