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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

ORGULHO DA IGNORÂNCIA



É, realmente esse é um mote no Brasil. A maioria das pessoas são induzidas a pensar o contrário, falando, postanto em redes sociais, inclusive forjando autores a corroborar a máxima de que o orgulho mais abominável é o da Sabedoria. Então eu respondo com um argumento basicamente lógico, da lógica mais primária: se eu tiver orgulho do meu saber, ou seja, da sabedoria, eu tenho orgulho de alguma coisa. Agora, ter orgulho da ignorância é ter orgulho de nada, pois ignorância é ausência de saber, de conhecimento e até de informação.
O nível educacional no Brasil está vertiginosamente baixo, caindo há décadas e não é somente o PT o responsável, visto que vem caindo bem antes da era PT. O ensino público então, é brincadeira! A única exceção é dos colégios de elite ou os militares. E por quê? A pergunta é banal e a resposta é óbvia: CONTROLE, CONTROLE DE MASSA, IDEOLOGIA POPULISTA!
Simples, mas o tiro sai realmente pela culatra. O que fazer com esse contingente significativo no país de mal formados e de ignorantes? E não me refiro apenas aos adolescentes e jovens, falo dos diplomados em faculdades da enganação, do pagou passou, até mesmo das públicas atualmente, que com receio de ter as portas fechadas (ameaça dos governos federal e estadual) vão passando e diplomando ignorantes, néscios, incompetentes.... E não salva nenhuma carreira, nem mesmo as mais recentes, essa invencionice de gestão ou memo os cursos chamados politécnicos. Esses cursos sobejam pelas universidades e que são, no mínimo, de uma incongruência absoluta. Agora me responda alguém que sabe, que tenha alguma reflexão e bom senso de lógica: como gerir uma coisa que você não conhece? A gestão é consequência do saber de uma área específica e não um conhecimento a priori. Logo, cursar gestão sem ser formado é jogar dinheiro fora. Empregar uma criatura com este diploma, também! Votar numa pessoa que diz ter curso de gestão pública mas não tem outra formação, pior ainda.
REFORMA, REFORMA, REFORMA grita a minoria bem formada do país que sofre as agruras de conviver com a estupidez nacional. Faltam profissionais em todas as áres, por exemplo,  médicos que saibam realmente o que fazem, que tenham a vocação de curar, que dediquem-se à profissão com paixão e conhecimento de causa. A maioria é “escrevinhador de receitas” e de preferência os campeões da indústria farmacêutica. E o que os médicos ganham fazendo isso? Nem percentuais de venda, apenas amostras grátis, no mínimo para engrossaram as colunas dos viciados em químicas, dos lesados pelos efeitos colaterais de toda essas drogas. Campeões de venda – tilenol e rivotril!!!!ótima dobradinha para quem quer ficar sem fígado, mas numa boa! Notem: até a Alemanha que goza da máxima de ultraracionalidade está inaugurando a nova medicina germânica, que lança mão de novas pesquisas sobre os velhos métodos tradicionais e naturais de cura associados a mais nova pesquisa científica em torno do Física Quântica.
Mas não é especificamente de saúde que quero falar, mas de educação e no sentido mais amplo e específico do termo. Sim sem educação o povo age “sem educação”, ou seja, grosseiramente, torpe mesmo. Da atendente de qualquer comércio ao consumidor, o nível não muda. Do aluno ao professor, do paciente ao médico e assim por diante, a ponto de ser necessário escrever novas e pequeninas leis que prescreveriam se o povo soubesse se comportar, tratar bem o próximo...regras básicas de ética social.
Na ignorância, o povo não desconhece apenas seus direitos (gritam os defensores dos oprimidos de plantão!!!), eles desconheces seus DEVERES. Aliás, alguém sabe o que é isso, hoje em dia, já que as escolas não passam mais deveres para casa e sim dão temas para pesquisar como se o aluno/jovem/estudante não tivesse que cumprir os seus deveres! Nos melhores países de primeiro mundo/ricos/desenvolvidos isso não saiu de moda, ao contrário, da Europa à Ásia, diversos países têm carga horária escolar maior que a do Brasil e quantidade de trabalhos e pesquisas bem maior também. Veja, um aluno de fundamental na Ásia estuda 8 horas por dia, além dos trabalhos a cumprir em casa. No ensino médio, eles ficam 10 horas na escola. Compare às horas no Braisl e conclua você mesmo. Na Europa, os números são 6 e 8, inclusive canadá e EUA.
O mais famoso e atual matemático russo Edward Frenkel (45) comenta, fala, denuncia isso: o esvaziamento dos currículos é intencional. E vai adiante quando diz que, fora lendas urbanas ou conspiratórias, o interesse do maior e mais importante engenheiro do Google é “burrificar para dominar”, isto é, construir máquinas/computadores que dominem o homem. Assim, teremos uma humanidade dominada pelas máquinas, simples, sem violência. E o projeto da IA só se desenvolve ou pode se concretizar se a humanidade concordar em baixar o seu nível mental, porque é óbvio que se o homem cria a máquina, por consequência lógica e natural, a máquina jamais dominará o homem. O resto, é pura ficção científica. Aliás, teoria da conspiração, lenda urbana, hoax, boatos internáuticos, tudo isso é fruto de ignorância e apela para o sensacionalismo e manutenção do medo terrorista de estado.
E novamente voltamos a um ponto chave nisso tudo: a figura do professor/mestre. No Brasil, encheram as salas de aulas com maus professores, a maioria mal formada. Isso começou com os militares a mando do FMI e continua até hoje. Até mesmo o intelectual e sociólogo, ex-professor da Sorbonne, sr. Fernandinho Cardoso, vendeu-se a essa estrutura e fez o que pediam: esvaziar conteúdos, diminuir horas, descaracterizar o processo de aprendizagem, etc. Os governantes petistas que sucederam não fizeram o contrário disso e nem podiam, pois ocuparam cargos políticos, a turba de ignorantes e analfabetos que jamais se viu na História. Populismo sim, puro populismo imbecilizante que redunda em fundamentalismo e messianismos de norte a sul.
No meu último trabalho sobre o tema eu escrevi que era preciso coragem para mudar e isso foi há duas décadas atrás. Continuo dizendo e clamando: mais que coragem precisamos hoje de heroismo para mudar, embora seja bem simples a mudança. Mas como mexer nessa estrutura sem questionar os ignorantes que a mantém? Os Ministros e secretários, os pedagogos demagogos, e até os professores mal formados vão querer mudar, questionar sua ignorância, sua carência? Os alunos que clamam por mais educação, que foram às ruas porque mandaram-nos, com cartazes plenos de erros de ortografia e sem ao menos saber o que reivindicavam na realidade,  vão querer sentar horas nos bancos escolares, ler, prestar atenção, focar, cumprir tarefas, deveres, pesquisar, discutir, debater com verdadeiro conhecimento de causa e não com informações catadas aqui e ali em revistas e internet? Claro que não! Esta é uma batalha hercúlea!
Uma palinha da minha proposta de renovação: conteúdo básico e essencial, com língua materna e matemática, nas primeiras séries. Em seguida: língua materna, língua estrangeira (02 de preferência), um pouco de ética e estética e mais matemática. Só então, no ensino médio, aprofundamentos em ciências e conteúdos específicos. E mais língua materna, língua estrangeira, matemática e filosofia (ética, estética, política e ontologia). Pronto, está preparado um jovem para especializar-se no que quiser e contribuir para o país e a humanidade. Em tempo, ainda fundarei esta escola e provarei o que proponho.
Por hora, fica a minha denúncia aos manipulados pelo sistema. Orgulho do saber? Ssim, tenho e terei sempre porque sei de onde vim e para onde vou e o que faço aqui. Agora, me poupem, orgulho da ignorância é tema do capiroto, do capeta, do o-que-não-se-diz; e o caminho? Inferno na certa, ainda que o inferno não exista.

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