“A imprensa não apenas informa. Ela forma conceitos.
Modifica ideias. Influencia decisões. Define valores. Participa das grandes
mudanças sociais e políticas trazendo o mundo para o indivíduo pensar, agir e
ser.” Essa frase está afirmada num site de agência de notícias. Logo, há tempos
a imprensa deixou de ser factual e informativa para ser opinativa, apelativa e
ideológica a ponto de comprar uma guerra pelo discurso a fim de mudar valores,
conceitos, ideias , etc. Moldar comportamentos, determina-los para além de uma
política social.
Mas, a troco de quê? Qual
o real objetivo que inspira esses jornalistas e donos da mídia? Qual o
interesse em criar confusão, ódio, difundir mais discriminação e preconceitos,
porque assim tem se comportado a imprensa e muitos profissionais da área,
jogando uns contra os outros, separando em rótulos, em caixinhas, os seres humanos
habitantes do mesmo planeta e pertencentes a mesma espécie? Qual o objetivo de
esconder a verdade, espalhar a mentira e a desinformação; quem lucra com isso,
com esse caos? Eles se acham os únicos com o direito de pensar e dizer o que é,
o que está acontecendo, alijando qualquer outro ser humano em qualquer outra
função profissional ou mesmo social/individual ao ostracismo, à ignorância ou
ao politicamente incorreto, punindo com “cancelamento” (como no tempo da Igreja
medieval – inquisição e fogueira!). São perguntas difíceis de responder, pois no
momento que se pergunta, que se entrevista no téte-a-téte a maioria dessas
pessoas, ninguém se responsabiliza, ninguém argumenta com fatos reais, nem
confirma a loucura que está no mundo -somente uns poucos que já perderam a
noção e a razão de tudo!

Há pouco, eles vêm publicando em jornais (começou em
tablóides ingleses!) o termo – pessoa com vagina para designar mulher. E é uma
imensa incoerência até com quem eles acham que estão defendendo – os trans.
Pois uma pessoa com vagina não diz nada daquele ser, pois uma mulher – pessoa do gênero feminino,
fêmea, XX, não se define apenas por possuir uma vagina ou não ter um pênis. Ser
mulher é algo tão complexo quanto ser homem e reduzir as pessoas a sua
sexualidade é um contrassenso e também um absurdo. Os próprios criadores desses
termos não se percebem como seres humanos e estão alienados de si mesmos, de
sua verdadeira natureza e dimensão. Não se amam, não se respeitam e se reduzem
a uma atividade/propriedade/expressão humana – a sexual. A rigor, não se define
algo pela sua função – a função é uso e é circunstancial. Exerço a função de
filha, mãe, esposa, professora, escritora, mas nada disso me define, muito menos
a minha sexualidade. Eu sou e estou muito além disso tudo. Cada função dessa é
uma ação social, é o meu estar e agir no mundo, num momento da minha existência,
até mesmo num momento do meu dia. Num mesmo dia, sou (posso ser) filha, mãe,
esposa, amiga, escritora, professora, etc, dependendo dos meus encontros e
interações diários. Logo, sou sempre mais e além de qualquer uma dessas funções/interações.
Mas a minha biologia me dá características e substâncias específicas que me
moldam e me fazem ver, sentir e atuar de uma forma diferente de outro conjunto
de seres que pensam, sentem e agem diferentes, como homens. Isto é biológico,
animal, natural, só isso. Mulheres menstruam e isso é um fenômeno específico que não depende apenas de vagina, pelo contrário, e é mensal e é regido pela lua, pelo magnetismo terrestre entre outros elementos e forças.
E, sem reivindicar nenhum discurso religioso ou tabu, apenas
o bom senso, a ética, a moral, a filosofia, a ciência biológica/genética pura e
simplesmente: mulher é mulher porque assim nasceu! com útero, vagina, peitos,
menstruação, ovários, TPM, hormônios específicos, com a capacidade de conceber
para manter a espécie, com cromossomos XX presente em todas as células do corpo,
com maneira de pensar e sentir o mundo de uma forma específica, inclusive de
suportar dores como a do parto, etc; sim...biologicamente é assim como todas as fêmeas do mundo animal! E se uma pessoa
quer mudar de sexo para se afirmar diferente ou fazer sexo de outra forma, que o
faça e se assuma simplesmente. Exerça
seu direito de liberdade de escolha e expressão e assuma as responsabilidades
dos seus atos. Mas querer se impor e impor a força ao mundo sua escolha com
suas ideias, querer mudar os outros vai além da liberdade individual e
constitucional de cada cidadão.
Acho que a imprensa
enlouqueceu e sim, está sendo paga para confundir, desinformar, alardear, esfacelar
a cabeça das pessoas. Acredito que isso gera mais ódio e divisões e não
consenso, muito menos paz. Se já ganharam respeito e reconhecimento (a turma
LGBTQY) porque mexer com os heteros que sempre foram assim e sempre estiveram
aí com suas crises etc. Todos buscamos um lugar ao sol neste planeta – amor,
felicidade, reconhecimento, respeito... Se não houvesse uma imposição
biológica, não haveria necessidade de cirurgias, implantes e doses cavalares de
hormônios - óbvio que não é natural essa mudança de gênero. Mas sexo cada um
faz como quer, mas até onde eu saiba é de domínio privado e há tempos tem vindo
a público, confundindo jovens, adolescentes e o mundo e fazendo uma cortina de
fumaça para os reais problemas da Humanidade, do Planeta e das Políticas
internacionais.
Outra coisa: creio que homem nenhum, seja hetero, gay,
trans, travesti ou o que seja, sabe o que é ser mulher, pois a definição
ridícula de mulher que postaram nos jornais é simplesmente isso - ridícula! Um homem também
não é um ser com pênis – pelo amor de deus, isso é muito pequeno! Se realmente
um homem pudesse ser transposto para um corpo feminino de verdade, a primeira
coisa que ele pararia de fazer é atacar mulheres, é violentar mulheres, seja por
meio de palavras, ações ou políticas como essas! Isso é o pior massacre ao
feminino da história - não permitir a mulher ser e se definir como tal. É como
no tempo das teocracias antigas e medievais - indígenas e mulheres não têm
alma! O feminismo há anos que se perdeu, pois começou a ouvir e a aceitar a versão
masculina/patriarcal e misógina do mundo. O feminino ainda precisa de
definição. Os primeiros momentos foram reivindicatórios – trabalho, voto, igualdade
e algum respeito/reconhecimento. Mas hoje, carece de posição real, pois esta última
geração feminista não se define pelo feminino, mas pela ótica masculina do que é
ser feminino. Logo, o feminismo atual faliu, caiu, perdeu o rumo, a direção e a
força feminina, para engrossar as fileiras do baixo patriarcado... e se não
fizermos nada, nós, mulheres de verdade, seremos suprimidas como tal, mas do
que desrespeitadas ou violentadas em nossos corpos e essências, desapareceremos
com nossas particularidades e singularidades.